ATA DA QUINQUAGÉSIMA SEXTA
SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA,
EM 03-7-2014.
Aos três dias do mês de
julho do ano de dois mil e quatorze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores
Alberto Kopittke, Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta, Fernanda Melchionna,
Guilherme Socias Villela, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Kevin Krieger, Mario
Fraga, Mônica Leal, Paulinho Motorista, Professor Garcia, Tarciso Flecha Negra
e Waldir Canal. Constatada a existência de quórum, o Presidente declarou
abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Airto
Ferronato, Alceu Brasinha, Any Ortiz, Christopher Goulart, Delegado Cleiton,
Dr. Thiago, Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Idenir Cecchim, João Derly,
Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Nereu
D'Avila, Pedro Ruas e Reginaldo Pujol. À MESA, foram encaminhados: os Projetos
de Lei do Legislativo nos 093 e 094/14 (Processos nos 0979
e 0988/14, respectivamente), de autoria do vereador Alberto Kopittke; o Projeto
de Lei do Legislativo nº 353/13 (Processo nº 3132/13), de autoria do vereador
Elizandro Sabino; e o Projeto de Lei do Legislativo nº 130/14 (Processo nº
1356/14), de autoria do vereador João Carlos Nedel. Também, foi apregoado o
Memorando nº 014/14, de autoria do vereador Clàudio Janta, informando, nos
termos dos §§ 6º e 7º do artigo 227 do Regimento, sua participação, dias
primeiro e dois de julho do corrente, em agenda com o deputado federal Paulo
Pereira da Silva, em Brasília – DF. Após, foram apregoados Requerimentos de
autoria dos vereadores Airto Ferronato e Nereu D'Avila, solicitando Licença
para Tratamento de Saúde no dia de ontem. Em prosseguimento, foram apregoados
os Ofícios nos 580 e 595/14, do Prefeito, encaminhando,
respectivamente, os Projetos de Lei do Executivo nos 022 e 023/14
(Processos nos 1551 e 1552/14, respectivamente). Ainda, foi
apregoado o Ofício nº 330/14, de autoria de Sebastião Melo, Prefeito em
exercício, informando a recondução do servidor Osvaldo Lucas no mandato de
Corregedor-Geral da Guarda Municipal. Do EXPEDIENTE, constou o Ofício nº 271/13,
de Ruben Danilo de Albuquerque Pickrodt, Superintendente Regional da Caixa
Econômica Federal. A seguir, por solicitação dos vereadores Guilherme Socias
Villela e Professor Garcia, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem
póstuma a Athos Gusmão Carneiro, falecido no dia de ontem, e Nelson Pavan,
falecido no dia primeiro de julho do corrente. Após, o Presidente registrou as
presenças de Fernando Kazuo Kanbara, Abdon Barreto Filho, Carlos
Sanches e Patrícia Alcântara, respectivamente Presidente Executivo, 1º
Vice-Presidente, 2º Vice-Presidente e 3ª Vice-Presidenta da Fundação Porto
Alegre Congressos e Eventos – Porto Alegre e Região Metropolitana Convention
& Visitors Bureau –, concedendo a palavra, em TRIBUNA POPULAR, a Fernando
Kazuo Kanbara, que apresentou a entidade que preside e discorreu sobre a
contribuição dos eventos no desenvolvimento de Porto Alegre. Em continuidade,
nos termos do artigo 206 do Regimento, os vereadores João Derly e Bernardino
Vendruscolo e a vereadora Mônica Leal manifestaram-se acerca do assunto tratado
durante a Tribuna Popular. A seguir, o Presidente concedeu a palavra, para
considerações finais sobre o tema em debate, a Fernando Kazuo Kanbara. Os trabalhos
foram suspensos das quatorze horas e quarenta e um minutos às quatorze horas e
quarenta e três minutos.
Após, foi iniciado o período de COMUNICAÇÕES, hoje destinado a assinalar o
transcurso do Dia dos Bombeiros, nos termos do Requerimento nº 051/14 (Processo
nº 1214/14), de autoria do vereador Waldir Canal. Compuseram a MESA: o vereador
Professor Garcia, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; Airton
Michels, Secretário de Segurança Pública do Estado, representando o Governador
do Estado do Rio Grande do Sul; José Freitas, Secretário Municipal de Segurança,
representando o Prefeito de Porto Alegre; e o tenente-coronel Adriano Krukoski
Ferreira, Comandante do Corpo de Bombeiros de Porto Alegre. Em
COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os vereadores Waldir Canal e Bernardino
Vendruscolo. Em continuidade, o Presidente concedeu a palavra a Adriano Krukoski Ferreira, que agradeceu
a homenagem prestada por este Legislativo. Ainda, o Presidente concedeu a
palavra a José Freitas e Airton
Michels, que
se pronunciaram em homenagem ao Corpo de Bombeiros. Em prosseguimento, o Presidente
convidou o vereador Waldir Canal a proceder à entrega, a Adriano Krukoski Ferreira, de placa
alusiva à presente solenidade. Os trabalhos foram suspensos das quinze horas e
trinta e nove minutos às quinze horas e quarenta e dois minutos. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se
a vereadora Mônica Leal e os vereadores Christopher Goulart e Alceu Brasinha.
Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei
Complementar do Legislativo nos 012 e 008/14, este discutido pelo
vereador Professor Garcia, os Projetos de Lei do Legislativo nos
030, 037, 047, 100, 106, 123 e 044/14, este discutido pelo vereador Delegado
Cleiton; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 009/14,
os Projetos de Lei do Legislativo nos 124, 131, 005 e 083/14, estes
dois discutidos pelos vereadores Reginaldo Pujol e Delegado Cleiton, o Projeto
de Lei do Executivo nº 019/14, discutido pela vereadora Lourdes Sprenger e pelo
vereador Engº Comassetto. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se o vereador
Engº Comassetto e a vereadora Lourdes Sprenger. Na ocasião, foi apregoado
Requerimento de autoria do vereador Engº Comassetto, solicitando Licença Para
Tratamento de Saúde no dia de ontem. Durante a Sessão, foram registradas as
presenças, neste Plenário, de João Hélbio, Secretário Municipal de Segurança
Adjunto; Nelvio Rodrigues, Coordenador de Assuntos Institucionais da Associação
dos Bombeiros do Estado do Rio Grande do Sul – ABERGS –; Edson Neves Alves,
Johnnas Guimarães do Canto Alves, Everton Roberto Sérgio da Silva e Lúcio
Ubirajara de Freitas Munhoz, integrantes do Corpo de Bombeiros de Porto Alegre
da Estação Assunção. Às dezesseis horas e quarenta e um minutos, o Presidente
declarou encerrados os trabalhos, convocando os vereadores para a Sessão Ordinária
da próxima segunda-feira, à
hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores Professor
Garcia e Delegado Cleiton e pela vereadora Mônica Leal e secretariados pelo
vereador Guilherme Socias Villela. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após
distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º Secretário e pelo Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Guilherme Socias Villela está com a palavra
para um Requerimento.
O SR.
GUILHERME SOCIAS VILLELA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito um
minuto de silêncio pelo falecimento do Sr. Athos Gusmão Carneiro, Juiz de
Direito, Desembargador, Presidente do Tribunal Regional e Ministro aposentado
do Superior Tribunal de Justiça.
O
SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Solicito um minuto de silêncio pelo falecimento do
Sr. Nelson Pavan, comerciante no bairro Menino Deus - o enterro será hoje.
Defiro os pedidos.
(Faz-se um minuto de silêncio.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Passamos à
A Tribuna Popular de hoje tratará de assunto
relativo à apresentação da entidade Fundação Porto
Alegre & Região Metropolitana Convention & Visitors Bureau e
a contribuição dos eventos no desenvolvimento de Porto Alegre. O Sr.
Fernando Kazuo Kanbara, Presidente
Executivo, está com a palavra, pelo tempo regimental de 10 minutos.
Agradeço a presença do Sr. Abdon Barreto Filho, 1º
Vice-Presidente; do Sr. Carlos Sanches, 2º Vice-Presidente e da Sra. Patrícia
Alcântara, 3ª Vice-Presidente.
O SR. FERNANDO
KAZUO KANBARA: Boa tarde a todos. Muito obrigado pela
oportunidade, Professor Garcia, de estar aqui na Câmara dos Vereadores para
estarmos falando um pouquinho do Convention & Visitors Bureau.
Quero agradecer a presença dos Vereadores; dos Vice-Presidentes, Sr. Abdon, Sr.
Carlos e Sra. Patrícia; do Hamilton, Superintendente e dos demais presentes
neste ato.
O nosso primeiro ponto está vinculado
com este agradecimento especial à Câmara de Vereadores no apoio ao World Master
Athletics - WMA, que foi um dos eventos que aconteceu em Porto Alegre no ano
passado e que potencializou muitos recursos e muita notoriedade para a nossa
Cidade como sede de grandes eventos. Então, este momento é um momento de
agradecimento à Câmara de Vereadores por nos ter apoiado, e que, sem dúvida
nenhuma, serviu como um evento de aprendizado para a Copa do Mundo, que seguiu
com muito sucesso e com muita felicidade, muitos resultados positivos, que nós
hoteleiros, mantenedores do ramo de turismo, conseguimos gerar nesse momento.
Agradeço também ao Ver. Airto Ferronato,
que nos proporcionou uma contribuição no engajamento da captação do evento
mundial de muay thai, que será
realizado no ano seguinte, agora em 2015, na nossa Cidade. Isso é muito
importante e vai ser a primeira vez que acontece fora do Oriente, é o primeiro
evento que vai acontecer no Ocidente. A gente está fazendo todo o esforço, e o
apoio do Ver. Airto Ferronato é muito positivo para isso.
Agradeço ao Ver. João Derly que vem
acompanhando as iniciativas do RS Sports Commission que possibilita também essa
captação de eventos nesse segmento que é tão importante para a gente, porque,
como a gente viu, com o aprendizado do World Master Athletics - WMA e a Copa do
Mundo, nós temos muito potencial e podemos ter muitos resultados positivos com
essa veia esportiva na nossa Cidade.
Também quero agradecer, neste momento, a todos
aqueles que emprestam o prestígio, especialmente o nosso Secretário Luiz
Fernando Moraes, que também apoia muito fortemente nesse sentido, para o êxito
e para o sucesso da nossa Fundação em realizar esses grandes eventos na nossa
cidade de Porto Alegre.
Bem, quem somos nós? Quem é o Convention Bureau? O
Convention Bureau nada mais é do que uma Fundação privada, sem fins lucrativos,
que possibilita, através desse fomento ao turismo, através da captação de
eventos, a geração de negócios para a nossa Cidade. Então, quando nós falamos
de Convention Bureau, nós estamos falando diretamente de um departamento de marketing que possibilita, à nossa
Cidade, vender esse atrativo turístico, vamos chamar assim, do segmente business, para toda a sociedade, e, com
isso, também garantir a sustentabilidade do turismo.
Nossa visão é ser referência regional – falando dos
Estados da Região Sul –, bem como ser um importante polo de grandes eventos,
nacionalmente, até 2017. Nesta gestão que iniciamos, 2014, nos propusemos esse
desafio.
Atualmente, Porto Alegre já está em quarto lugar no
ranking ICCA, um ranking medido internacionalmente pela captação e geração de
grandes eventos realizados em cidades e em centro de eventos. No ano passado,
em 2013, nós tivemos a felicidade de ter a 4ª posição, perdendo apenas para
grandes metrópoles, como Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador.
Outra questão também que nós citamos, que é muito
importante, é que o Convention Bureau é um conglomerado de 180 mantenedores.
Essas pessoas são de diversos segmentos do turismo. Eles possibilitam e
enxergam no Convention Bureau uma grande possibilidade para que nós alcancemos
essas metas, essa geração de negócio através dos eventos da nossa Cidade. Nossa
Fundação teve início em 1997, completamos 17 anos neste ano.
Aqui apresentamos a nossa perspectiva de como Porto
Alegre pode ser um grande centro no Mercosul. Hoje nós temos grande
referenciação nossa, da Cidade, perante o mundo. Somos hoje um grande hub
internacional de conexões com voos, o que possibilita a Porto Alegre estar em
evidência – Estados Unidos, Europa, através de Lisboa e grandes capitais da
Região do Mercosul. Então, isso faz com que nós, Porto Alegre, sejamos um
grande indutor de eventos não apenas nacionais, mas internacionais também.
Seguindo essa perspectiva de captação de eventos,
um grande mote que nós utilizamos - e esse é um grande fator diferenciado da
nossa captação -, é a possibilidade de utilizarmos um grande atrativo, que é a
cultura gaúcha. Este é um grande ponto positivo, onde nos apoiamos muito – a
MTG, por exemplo –, a possibilidade da geração de negócios, através de um
atrativo turístico, genuinamente cultural. Isso fica muito forte nas nossas
ações de bem receber, nas ações dentro dos eventos, nas ações de prospecção.
Isso é muito importante, porque gera vínculo e caracteriza-se com raízes locais
que nós temos, sendo bastante peculiar apenas da nossa Cidade, do nosso Estado,
do Rio Grande do Sul.
Consequentemente, os objetivos que nós temos,
enquanto entidade, é ser justamente uma Fundação que possa atrair e gerar esses
eventos, fazer com que a gente possa consolidar esta região de Porto Alegre e
Metropolitana como de grandes feiras, de grandes eventos, de grandes
congressos.
Hoje, Porto Alegre vivencia, na sua essência, o
turismo de negócios. Tivemos uma grande experiência, agora, recente, com a Copa
do Mundo, e viemos com uma outra linha, que é o turismo de lazer, de fato,
atrelado a um grande evento esportivo.
Nesse sentido, também, é atuar como um órgão de
apoio para a otimização dos diversos setores que possibilitam a geração desses
grandes eventos que estão ligados ao segmento turístico e também ser uma linha
de conexão entre diversos membros desse grupo turístico, que possibilita essa
geração. De certa forma, somos o departamento de marketing da Cidade. Isso, sem dúvida nenhuma, faz com que a
responsabilidade nossa, enquanto Fundação, enquanto mantenedores desta
Fundação, seja diretamente a de apoiar e a de ser apoiado.
De certa forma, a gente vem aqui um pouquinho, não
querendo passar o chapéu – não é esta a ideia –, mas, também, conversar um
pouquinho, explicando como funciona o Convention Bureau, o processo que nós
temos.
Hoje, de certa forma, todo o processo de captação
acontece muito em Porto Alegre, mas, também, o processo de captação de grandes
eventos acontece quando precisamos nos deslocar para outras cidades onde
acontecem esses eventos, como congressos médicos, sobretudo, e eventos esportivos.
O Ver. João Derly começa, agora, a fazer também esse apoio conosco, o evento
Sport Commission, por sua vez. Então, toda essa movimentação possibilita esse
ganho e essa aproximação com o trade
de eventos e, sobretudo, com o trade
turístico da nossa Cidade.
Falando um pouquinho da nossa Cidade, nós temos
diretamente grandes equipamentos que possibilitam, aí sim, a nossa geração e a
nossa atratividade. Temos grandes e excelentes pontos de eventos em Porto
Alegre. Um deles é o CEPUC, dentro da nossa Universidade PUC, aqui em Porto
Alegre, onde, normalmente, acontecem muito mais eventos científicos, porém, é
um espaço muito, muito moderno, e, ali, a gente terá eventos não apenas
regionais, mas nacionais e internacionais. No outro slide, nós também podemos ver um outro centro de eventos que nós
temos, que é o centro de eventos da FIERGS. Esse é um outro ponto importante e
o principal, vamos chamar assim, que possibilita, neste cenário, falarmos sobre
um grande espaço, onde podem acontecer feiras, congressos, eventos de forma
ampla. De certa forma, tudo isso faz com que Porto Alegre seja extremamente
atrativa. Esses dois centros de
eventos que nós temos estão entre os melhores nacionalmente. Portanto, isso nós
temos que usar como um diferencial, e a nossa equipe de captação utiliza com
muita propriedade.
Outro espaço que nós temos é o Plaza São Rafael,
que é um outro grande polo que possibilita a indução de grandes eventos. Fica
no Centro da Cidade, e isso é um ponto importante também para que a gente
consiga ter, dentro do nosso Centro Histórico, um espaço importante para
geração de eventos. E o Plaza São Rafael possibilita essa condição também.
Outro centro de eventos que temos é o Teatro CIEE,
onde acontecem muitas peças teatrais e pequenos congressos médicos; os pequenos
congressos regionais também são muito importantes. Então, o Convention & Visitors Bureau possibilita
integrar, fazer essa conexão: os espaços de eventos, quem quer realizar o
evento e, eventualmente, a população, os interessados.
Outro grande espaço que
temos é o centro de eventos da Amrigs, que é muito utilizado para eventos mais
internos do nosso Estado.
Falando um pouquinho de
números, que acho que é um grande e importante fator e resultado da nossa
avaliação e do nosso trabalho, vamos falar um pouquinho sobre o impacto
econômico que nós geramos. O Convention Bureau, através do turismo de negócios,
esse novo segmento que a gente explora, que é a questão do segmento de lazer e
de esportes, está gerando 33 eventos para Porto Alegre no ano de 2014, nos
quais haverá aproximadamente 25 mil participantes. Ou seja, são muitas pessoas
nesses espaços de eventos, como mencionamos nas lâminas anteriores, quase três
mil visitantes, ou seja, pessoas de fora que vêm participar, geram dinheiro,
geram riqueza para a nossa Cidade, pagando impostos, hospedagem, alimentação,
gastando em shoppings, em compras.
Temos uma perspectiva de quase 62 mil room nights, como nós chamamos a quantidade de noites de apartamentos ocupada numa
cidade. Numa atualização até junho, temos quase R$ 27,6 milhões em termos de
dinheiro que é deixado pelos turistas que frequentam os grandes eventos.
Eu
chamo a atenção dos senhores para essa condição porque a gente está falando de
um segmento importantíssimo para garantir a retenção e a entrada de recursos
que, muitas vezes, vêm de outras cidades, de outros estados e de outros países, como
aconteceu agora na Copa do Mundo. Essa condição geral possibilita ao Convention
& Bureau ser extremamente atrativo do ponto de vista dos mantenedores, que
enxergam nele uma geração de riqueza; como também do público em geral, da
população em geral, que percebe, nessa Fundação, um grande potencial de geração
de números, valores, impostos e, por sua vez, resultados positivos.
Resumo um pouquinho – com slides e agradecendo o espaço e o tempo dos senhores –, dizendo que
Porto Alegre é demais! (Mostra imagens.) É um certo chavão falar isso, mas o
turista que frequentou a Copa do Mundo e que não conhecia a nossa Cidade saiu
com uma impressão muito positiva; quem visitou a Cidade para negócios saiu com
uma impressão muito positiva.
A Fundação Porto Alegre Convention & Visitors
Bureau busca gerar essa ideia de marketing
positivo, juntamente com as forças governamentais, públicas e privadas, para
esse fomento da nossa visibilidade, da nossa imagem como destino turístico.
Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Muito obrigado. Convidamos o
Sr. Fernando Kazuo Kanbara a fazer parte da Mesa.
O Ver. João Derly
está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. JOÃO DERLY: Sr. Presidente, Sr.
Presidente Fernando, cumprimento também o Superintendente Hamilton, que está
nas galerias; falo em meu nome, no da Ver.ª Jussara Cony, da Bancada do PCdoB.
Queremos cumprimentar o Convention & Bureau pelo excelente trabalho que tem
feito na promoção de negócios na nossa Cidade, principalmente numa área que
domino bastante, que é a do esporte. Sabemos da importância que tem a vinda de
grandes eventos esportivos a Porto Alegre, como o WMA, a Copa do Mundo e
futuros eventos que virão para o fortalecimento da cultura esportiva, para o
desenvolvimento de negócios, para que a nossa Cidade esteja na vitrine do
mundo. Parabéns, Convention & Bureau, pelo trabalho, que nós tenhamos muito
sucesso ainda.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver.
Bernardino Vendruscolo está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr.
Presidente, Ver. Professor Garcia; quero cumprimentar o Fernando e os seus
colegas que o acompanham aqui nesta Casa. Cumprimento pelo trabalho e pela
pretensão, vamos dizer assim, de fazer mais. Eu vou lhe deixar não uma
provocação, mas vou fazer um questionamento, não sei se o Presidente vai lhe retornar
a palavra depois. Eu tenho impressão de que os porto-alegrenses pouco conhecem
Porto Alegre, especialmente a Zona Sul, que é o cartão de visitas de Porto
Alegre. Eu tenho esse sentimento e estou deixando essa mensagem para saber a sua
opinião: eu acho que os porto-alegrenses não conhecem Porto Alegre. Eu gostaria
de ouvir a sua opinião sobre isso. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): A Ver.ª Mônica Leal está com a palavra, nos termos
do art. 206 do Regimento.
A SRA. MÔNICA
LEAL: Presidente; Presidente da Câmara e Srs. Vereadores; em nome da Bancada
Progressista, dos Vereadores João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Guilherme Socias
Villela e desta Vereadora, eu cumprimento e quero aqui fazer um registro. Pelo
que eu sei do trabalho que desempenha o Convention & Bureau, uma das
características mais marcantes é o planejamento para a execução de metas. Eu
acredito que, nos dias atuais, quando se tem esse objetivo, a coisa funciona.
Meus parabéns pelo objetivo, pelo empenho e pelo trabalho que vocês vêm
desempenhando à frente de Porto Alegre. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Sr. Fernando está com a palavra para as
considerações finais.
O SR. FERNANDO
KAZUO KANBARA: Bem colocado. Acho que o nosso ponto principal é,
primeiro, vendermos Porto Alegre, nos orgulharmos de Porto Alegre e sabermos o
que Porto Alegre tem de diferente e de potencial para gerar, de fato, nessa
atratividade turística. Quando a gente fala diretamente em conhecer a Cidade, a
gente fala não apenas em conhecer os pontos turísticos, mas em conhecer as
raízes locais, os lugares que os porto-alegrenses frequentam e que, por sua
vez, geram aquela intimidade e aquela raiz local que o turista, normalmente,
gostaria de ter. Cada vez mais, hoje, o turista busca o turismo de experiência,
e isso está muito vinculado à cultura e à gastronomia, e não apenas aos pontos
turísticos, como foi mencionado pelo Vereador; está muito vinculado à
perspectiva de atratividade da Cidade como um todo. Os pontos turísticos são
fundamentais, e é necessário que todos conheçam. Eu vivi no Rio de Janeiro há
algum tempo, e tinha muitas histórias de que os cariocas não conheciam o Pão de
Açúcar nem o Cristo Redentor. É a mesma coisa que temos aqui: muitos
porto-alegrenses não conhecem a orla do Guaíba, ou os estádios, ou mesmo a
estátua do Laçador. Acho que são pontos que possibilitam vislumbrar esses
parques que temos, esses grandes pontos turísticos que outras Capitais não têm.
Por sua vez, cabe à população, de forma geral, e ao empenho público, de forma
ampla, fazer com que as pessoas tenham apreço pela Cidade, cuidem da Cidade,
conheçam a Cidade. Fazer isso não é um desafio apenas do Convention &
Bureau, mas é um desafio da Secretaria de Cultura, da Secretaria de Turismo,
para possibilitar uma viabilização ampla daquilo que é importante para a
população. Se a população não conhece e não compra, como ela vai vender? Essa é
uma pergunta que eu deixo no ar para a gente possibilitar isso, um grande
desenvolvimento da valorização da Cidade.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Muito obrigado. Mais uma vez, queremos agradecer
ao Convention & Bureau, na pessoa do Presidente, Sr. Fernando; do Abdon, do
Carlos e da Patrícia. Gostaria de dizer aos Srs. Vereadores que o Convention
& Bureau está sempre à disposição de todos. É um órgão que se preocupa
muito com o fomento do turismo em Porto Alegre e no Rio Grande do Sul.
Agradecemos a presença e, toda vez que vocês julgarem necessário, esta Casa
está à disposição. Muito obrigado. Vamos fazer um rápido intervalo para as
despedidas. (Palmas.)
(Suspendem-se os trabalhos às 14h41min.)
O
SR. PRESIDENTE (Professor Garcia – às 14h43min): Estão
reabertos os trabalhos.
Passamos às
Hoje, este período é
destinado a homenagear o Dia dos Bombeiros, nos termos do Requerimento nº
051/14 – Processo nº 1214/14, de autoria do Ver. Waldir Canal.
Convidamos para compor a Mesa: o Sr. Airton
Michels, Secretário de Segurança do Estado do Rio Grande do Sul, neste ato
representando o Sr. Governador do Estado do Rio Grande do Sul, Tarso Genro; o
Sr. Tenente-Coronel Adriano Krukoski Ferreira, Comandante do Corpo de Bombeiros
de Porto Alegre e o Sr. José Freitas, Secretário Municipal de Segurança, neste
ato representando o Sr. Prefeito de Porto Alegre, José Fortunati.
Queremos registrar também as presenças da Sra.
Dilce Rodrigues, Presidente do Conselho Municipal do Idoso; da Sra. Maria do
Carmo Tubidy, da Sra. Alba Flores e da Sra. Vânia Blattner, da Vila dos
Pescadores junto ao Corpo de Bombeiros da Vila Assunção.
O Ver. Waldir Canal, proponente desta homenagem,
está com a palavra em Comunicações.
O SR. WALDIR CANAL: (Saúda
componentes da Mesa e demais presentes.) Subo a esta tribuna nesta oportunidade
especial para prestar uma homenagem justa ao Corpo de Bombeiros do Estado do
Rio Grande do Sul. Cumprimento os presentes, que se somam à nossa homenagem aos
bombeiros do Rio Grande do Sul, pela sua data comemorativa no dia 2 de julho,
Dia do Bombeiro. Aqui não homenageamos exclusivamente uma categoria
profissional, mas os cidadãos que se propuseram a lutar para salvar, para
tirar-nos de um perigo, transpor, preservar, livrar algo ou alguém de algum
desastre.
Os bombeiros que se sobrepõem ao risco iminente do
seu trabalho, salvam vidas, famílias, patrimônios, histórias, conforme os
recentes exemplos, a contar o incêndio do Mercado Público de Porto Alegre. Os
soldados do fogo, permanentes vigilantes para evitar e eliminar chamas, e, como
contraponto de sua profissão, também lutam contras as águas quando prestam
socorro às comunidades atingidas por enchentes, ou ajuda às
pessoas que enfrentam riscos nas águas de rios, riachos, lagos e litoral deste
Estado.
Quero saudar também o
Governador Tarso Genro por possibilitar a conquista da desvinculação dos
bombeiros da Brigada Militar. Certamente com a identidade própria e a
administração exclusiva à estrutura e recursos humanos específicos ao Corpo de
Bombeiros, a sociedade gaúcha será beneficiada.
Além da sua função
fim, os bombeiros não se excluem das questões sociais. Desenvolvem
relacionamento elogiável com as comunidades; promovem oficinas de prevenção
contra incêndio doméstico, realizam ações de conscientização infantil para os
perigos das brincadeiras com fogo, participam de eventos e lutas comunitárias.
Assim, como forma de reconhecer a dimensão e a importância do trabalho dos
bombeiros, nesta oportunidade, homenageamos o destacamento do Corpo de
Bombeiros Bravo 6, da Zona Sul de Porto Alegre, um destacamento que guarda em
seu histórico a luta por sua sobrevivência, por atendimentos diversos em favor
da qualidade de vida dos cidadãos, com auxílio aos idosos, atendimento
emergencial em partos, resgate de animais e preservação da natureza.
Nesta oportunidade,
lembramos o trabalho do Cel. Marcos para estabelecer esse destacamento na Vila
Assunção, na Vila dos Pescadores, e parabenizo a dedicação do Sargento Everton
para fortalecer o Bravo 6, que, por circunstâncias estruturais, esteve fechado
e há um ano reabriu, para satisfação de todos nós. Sintam-se, aqui, todos os
bombeiros, os defensores do Bravo 6, reconhecidos.
A Sra. Mônica Leal: V. Exa. permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Vereador Canal, quero cumprimentá-lo pela
iniciativa justa e merecida. Quero cumprimentar, em nome de todos da Mesa, na
pessoa do Secretário Airton Michels, neste ato representando o Governador. E
registrar também, em nome da Bancada do Partido Progressista, dos Vereadores
João Carlos Nedel, Villela, Kevin Krieger, a importância desta homenagem aos
bombeiros que, ouso dizer, passaram a ser muito mais citados, lembrados,
reverenciados desde as duas tragédias no Estado do Rio Grande do Sul: o incêndio da
Boate Kiss e também o do Mercado Público. São heróis do dia a dia, sempre
presentes nas mais diversas situações das nossas vidas. E também faço questão
aqui de apontar que o meu pai, Pedro Américo Leal, foi um Vereador que muito
trabalhou para o crescimento do nosso Corpo de Bombeiros. Ele se empenhou,
junto à Prefeitura Municipal, para a cedência da área, na Av. Aureliano de
Figueiredo Pinto, para instalação do Comando do Corpo de Bombeiros de Porto
Alegre, em 2002, e junto à União, para a colocação de uma subestação em posição
estratégica para atender ao Centro da Capital. Lastimo profundamente que isso
esteja hoje fechado, sem funcionamento. Parabéns, Vereador, pela iniciativa.
O SR. WALDIR
CANAL: Obrigado, Ver.ª Mônica.
O Sr. Reginaldo
Pujol: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador, eu quero,
na mesma linha da Ver.ª Mônica, e me somando ao Ver. Waldir Canal, autor desta homenagem
mais do que justa e adequada, especialmente no momento presente. Obviamente que
a Casa se sente muito honrada de poder receber, aqui, no dia de hoje, o
Secretário da Segurança do Estado, Dr. Airton Michels, que, neste ato,
representa o Governador Tarso Genro. Por igual, ficamos alegres em receber o
nosso colega – hoje, Secretário Municipal da Segurança – que, juntamente com o
Tenente-Coronel Adriano Krukoski Ferreira, compõe a Mesa presidida pelo
Vereador Garcia, e que são, obviamente, nossos testemunhos avalizadores da
homenagem que V. Exa. presta e com a qual nós nos solidarizamos integralmente.
Até porque, Sr. Presidente Garcia e demais colegas, é muito claro que, com frequência,
nós temos sustentado aqui a conveniência da integração do Estado e dos
Municípios na execução das tarefas que mais diretamente incidem sobre os
interesses comunitários. Eu já ouvi, inúmeras vezes, declarações positivas da
parte de representantes da Corporação hoje homenageada, acerca da atuação desta
Câmara de Vereadores, que, inclusive, com a mais ampla colaboração do Corpo de
Bombeiros, montou o que até há muito pouco tempo era o que de melhor existia de
regra de prevenção contra incêndio e que dava, já na oportunidade, à
corporação, amplas condições de bem cumprir as suas tarefas.
Diz o ditado popular que não pode haver tranca de
ferro depois que a porta foi arrombada, mas, infelizmente, a sociedade não age;
ela reage diante de determinados fatos, e, no momento, a reação maior que
lamentavelmente tomou conta do Estado e do País nos últimos 12 ou 15 meses
decorre do incidente de Santa Maria sobre todos os efeitos lamentáveis. Nós
temos absoluta segurança de que se aqui em Porto Alegre fossem cumpridas as
regras estatuídas já naquela ocasião, jamais aquele incidente ocorreria, porque
sabemos que foram várias causas e concausas que, evitadas uma ou duas, já
seriam suficientes para impedir aquele fato. Mas a dor e o infausto
acontecimento reforçam a necessidade da cautela, e a cautela é para alguns, em
determinado momento, até entendida como exagerada; são sempre melhor que a
omissão, porque o exagero podemos corrigir em determinado momento, mas a
omissão jamais será corrigida, porque ela não produzirá nenhum efeito a não ser
a negação de todo um propósito positivo que se pudesse ter.
Por isto, Vereador, quero cumprimentá-lo pela
iniciativa, e solicitar que leve aos seus companheiros de corporação, que agora
estão ganhando autonomia, a nossa confiança, dos Vereadores de Porto Alegre, na
sua atuação, e dizer que vamos continuar juntos, às vezes discutindo, às vezes
debatendo, algumas vezes até contrariando um ao outro, mas sempre nos
acertando, ao final, no interesse público. Meus cumprimentos.
O SR. WALDIR
CANAL: Muito obrigado, Ver. Pujol.
O Sr. Clàudio
Janta: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Sr. Presidente;
Ver. Waldir Canal; demais autoridades presentes, eu acho que V. Exa.
proporciona a esta Casa fazer uma justa homenagem aos heróis desta Cidade, aos
heróis deste Estado, pessoas que escolheram, por profissão, salvar vidas, estar
presentes nos momentos mais difíceis da vida das pessoas, seja num afogamento,
num incêndio ou num deslizamento; pessoas que lidam no seu dia a dia somente
com a tragédia, pessoas que dedicam a sua vida a isso. Então, são os
verdadeiros heróis que o povo brasileiro tem, heróis que vemos nos quadrinhos,
como o Super-Homem, todos esses heróis. Na verdade, nós vemos aqui presentes
pessoas que são, de fato, os heróis desta Cidade, deste Estado e deste País. V.
Exa. fez uma justíssima homenagem a essas pessoas de bem, que volto a reafirmar
aqui: dedicam as suas vidas a salvar a vida dos outros.
O SR. WALDIR
CANAL: Muito obrigado, Ver. Clàudio Janta.
O Sr. Delegado
Cleiton: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Secretário Airton
Michels, um prazer tê-lo conosco, bem como é um prazer dizer
que o tempo que trabalhei com o senhor foi um tempo de uma grande experiência.
Dos vários Secretários da Segurança que tivemos, obtivemos uma grande
experiência e tenho um respeito muito grande pelo senhor. Meu querido
Secretário José Freitas; Comandante Tenente-Coronel Adriano; e meu Presidente,
às vezes, vemos na mídia uma certa banalização da palavra herói. Eu lembro
disso, estava ouvindo o Clàudio Janta, quando a mídia, através de um programa
na televisão, dizia: “Meus heróis! Os heróis aqui da casa!” Então, essa
banalização que vemos, às vezes, da mídia, ao falar em herói é, no mínimo, um
desrespeito para os homens dessa entidade. Esses – e reafirmo o que o Ver.
Clàudio Janta estava falando – são os verdadeiros heróis que trabalham para a
comunidade. Pensei em dizer aqui, então, vou falar. Não, não vou falar, porque
acho que a dimensão é igual, porque também nós colocamos a nossa vida em risco,
e eu ia dizer os verdadeiros heróis da Brigada Militar, mas há tantos policiais
que também colocam a vida à disposição da sociedade!
Mas é grande o respeito que se tem. Os senhores que
ingressam nessa carreira sabem que esse respeito vem desde criança, quando se
pergunta para uma criança qual profissão ela vai seguir e normalmente ela
responde: médico, salva-vidas, músico - que dá tanta alegria às pessoas -,
advogado, mas sempre se fala no bombeiro. Quando se faz esta pergunta a uma
criança, ela sempre responde: bombeiro.
Eu tenho um primo, o Tadeu Soares de Freitas, que
foi bombeiro, homem-rã, como se dizia antigamente - acho que nem existe mais
esse termo.
Eu tenho, também, o Júlio, um colega de infância,
que quando eu era sócio de um CTG, um imóvel ao lado pegou fogo, e tive a grata
surpresa, no momento em que apareceu o Corpo de Bombeiros, perceber que ele
estava sob o seu comando - Júlio, meu colega da Escola Odila Gay da Fonseca.
Então, Ver. Canal, quero te agradecer por esta
oportunidade de podermos, aqui, homenagear estes verdadeiros heróis da Pátria,
heróis do Rio Grande do Sul, heróis da nossa cidade de Porto Alegre: o Corpo de
Bombeiros da Brigada Militar, da honrosa Brigada Militar, da minha coirmã
Brigada Militar.
Obrigado, Canal, por esta oportunidade. Salve,
sempre, o Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul.
O SR. WALDIR
CANAL: Obrigado, Ver. Delegado Cleiton.
O Sr. Paulinho
Motorista: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Tenente-Coronel,
eu não tenho como esquecer o seu nome, porque quando me elegi, quando assumi
aqui na Câmara de Vereadores, tive uma situação, logo nos primeiros dias, e tive
que procurar o senhor para tentar solucionar uma demanda em Belém Novo. Então,
não tem como eu esquecer esse nome, já está gravado na minha cabeça, porque fui
muito bem atendido pelo senhor. Aquela comunidade de Belém Novo ficou muito
grata pela sua agilidade, pela correria que o senhor fez para que tudo desse
certo e para que lá permanecesse a estação de bombeiros, que é muito importante
para a comunidade. Parabenizo, também, o meu colega Ver. Waldir Canal, sempre
presente, sempre atuante na Casa.
Falando sobre bombeiros, quero dizer que eu, como
trabalhei por 24 anos como motorista de ônibus – e me orgulho muito! –, sempre
via, na madrugada, principalmente, acidentes pelo trânsito, acidentes em que só
os bombeiros poderiam atuar, com pessoas presas nas ferragens. Chegavam 100,
200, 300 pessoas, que diziam: “Vamos chamar o Corpo de Bombeiros, porque não
tem como tirar essa pessoa das ferragens; só eles têm agilidade e experiência
para tirar essa pessoa com vida” – não é, Secretário? Então nós temos que agradecer
e dar os parabéns ao Corpo de Bombeiros, que é muito atuante na nossa cidade de
Porto Alegre e em todo o Estado. Quero dar os parabéns, em meu nome e em nome
do Líder do meu Partido, Ver. Airto Ferronato.
O SR. WALDIR
CANAL: Obrigado, Ver. Paulinho.
O Sr.
Christopher Goulart: V. Exa. permite um
aparte? (Assentimento do orador.) (Saúda os componentes da Mesa e demais
presentes.) Vereador, eu quero lhe parabenizar, de forma breve, fazendo este
registro, e quero dizer da importância desta iniciativa. O meu amigo e líder
Ver. Delegado Cleiton já se pronunciou, mas também gostaria de registrar sobre
a importância do ato, da iniciativa de valorização da atividade dos bombeiros e
de todos aqueles que se dedicam - e até abdicam, muitas vezes, de inúmeras situações
-, a um ato de heroísmo. Meus cumprimentos a toda a Corporação, parabéns!
O SR. WALDIR CANAL: Muito obrigado, Ver. Christopher.
A Sra. Jussara Cony: V. Exa. permite um
aparte? (Assentimento do orador.) (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.)
Cumprimento o Ver. Waldir Canal pela iniciativa, que permite à Câmara Municipal
homenagear e reconhecer o trabalho dos bombeiros do nosso Estado, da nossa
Cidade e que é um trabalho que está sempre à disposição dos governos, da
sociedade e da nossa população.
Quero relatar dois episódios, rapidamente, eu era
menina e morava na Rua Barros Cassal, numa casa daquelas antigas, onde hoje há
edifícios - eram três casas, hoje são três edifícios e até o número desapareceu
-, e houve uma chuva enorme em Porto Alegre, isso era na década de 1950. E a
nossa casa praticamente desabou, ela tinha dois andares, era uma casa velha
alugada, nós alugávamos ali, e a casa do lado também. Naquele momento, o Corpo
de Bombeiros salvou a vida de muitas pessoas, na Rua Barros Cassal, nº 680 e
adjacências – isso deve estar nos Anais do Corpo de Bombeiros.
Por outro lado, outro episódio, na Avenida Silva
Só, dando de costas para a Rua Dr. Alcides Cruz, é o Corpo de Bombeiros. Eu
morei naquele edifício ao lado. Meus primeiros netos, quando iam para a minha
casa, exatamente era para ir para o quartel do Corpo de Bombeiros. Um deles,
que mal começava a falar, chamava-os de “rombeiros”. Então, fiz muitos amigos
ali. E eu me lembro, e isso é uma coisa muito importante para a família e
também para aqueles que estamos formando – filhos e netos –, que, quando
chegava Natal e fim de ano, aqueles bombeiros que ficavam ali naquela guarita
participavam do momento do Natal e do final de ano com a minha família, com
meus filhos e meus netos. É uma relação que vocês têm com a sociedade que é
absolutamente diferenciada.
Finalizo, Ver. Waldir Canal, parabenizo V. Exa.
pela oportunidade de parabenizar o Corpo de Bombeiros, pela sua luta histórica,
pela independência dessa corporação. Cumprimento também o Secretário, e peço
que transmita isso ao Governador do Estado, pela decisão política em que o
Estado assume o significado dessa independência da corporação dos bombeiros,
porque isso significa também um processo de valorização do Corpo de Bombeiros
do Estado do Rio Grande do Sul. Muito obrigada por tudo o que vocês fazem,
muito obrigada por estarem aqui. Muito obrigada, Vereador, por permitir que se
recorde também a integração que nós, cidadãos, temos que ter com aqueles que
salvam e estão sempre prontos a salvar as vidas dos homens, das mulheres, das
crianças e dos velhos. Naquela casa havia dois velhos, que eram os meus avós.
Obrigada.
O SR. WALDIR
CANAL: Muito obrigado, Ver.ª Jussara Cony.
Com isso, Sr. Presidente, queremos, neste dia,
homenagear os Bombeiros do nosso Estado do Rio Grande do Sul, como bem foi dito
aqui e lembrado o episódio de Santa Maria onde os Bombeiros tiveram uma
participação fundamental, e aqui, na nossa Capital também preservando a
história da Cidade e do Rio Grande do Sul, através da sua atuação para conter o
fogo aqui no Mercado Público. Tenente Coronel Adriano Krukoski Ferreira,
Comandante do Corpo de Bombeiros de Porto Alegre, leve o nosso abraço para
todos os Bombeiros de Porto Alegre, as famílias, as esposas, os filhos, de
todos os que atuam, os que servem o Estado do Rio Grande do Sul aqui na nossa
Capital, da mesma forma o nosso Secretário da Segurança Pública do Estado,
Airton Michels, estamos gratos porque homenageamos o Estado do Rio Grande do
Sul, os Bombeiros do nosso Estado pelo seu trabalho, com certeza, essenciais à
nossa sociedade. Um grande abraço que Deus abençoe a todos.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Muito obrigado, Ver. Waldir Canal.
Quero registrar a presença do Sr. João Hélbio,
Secretário-Adjunto Municipal de Segurança; do Sr. Nelvio Rodrigues, Coordenador
de Assuntos Institucionais da Associação dos Bombeiros do Estado do Rio Grande
do Sul – ABERGS; do Sr. Edson Neves Alves, Sargento do Corpo de Bombeiros de
Porto Alegre da Estação Assunção; o Sr. Johnnas Guimarães do Canto Alves,
Soldado do Corpo de Bombeiros de Porto Alegre da Estação Assunção; do Sr.
Everton Roberto Sérgio da Silva, 1º Sargento do Corpo de Bombeiros de Porto
Alegre, Estação Assunção e do Sr. Lúcio Ubirajara de Freitas Munhoz, 3º
Sargento da Estação Açorianos.
O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra em
Comunicações.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.)
Cumprimentar aqui especialmente o proponente desta homenagem, o Vereador nosso
colega, Waldir Canal; cumprimentar também os Vereadores que me antecederam, que
deixaram a sua mensagem que, com certeza, representam aqui o sentimento da
sociedade. Nós, independentes das questões de corrente partidária, estamos aí
pela Cidade, temos um termômetro do sentimento do povo. Não há dúvida, senhores
e senhoras, de que é um trabalho de fundamental importância para a sociedade, e
a respeitabilidade do Corpo de Bombeiros é indiscutível, é só olharmos as
pesquisas de credibilidade que são feitas. Daí nós podemos tirar, também, o que
representa a entidade Corpo de Bombeiros para a sociedade de modo geral. Aqui
me acompanha o Sr. Sílvio Feijó, quero também o cumprimentar. O Ver. Delegado
Cleiton, como sempre, expressa o sentimento também de uma corporação que
trabalha com a segurança, e não pode ser diferente. Aqui há Vereadores que têm
atividades afins, então, sempre fazem um cruzamento, porque isso funciona; lá
no Corpo de Bombeiros, numa ação, dificilmente não se exige o conhecimento das
questões que tratam da própria medicina, das questões de salvar vidas, e aqui
não estou a me referir somente às questões dos salva-vidas quando trabalham
intensamente na praia.
E não é demais fazermos o registro e sempre lembrar
que as coisas afloram, e a imprensa dá uma importância muito grande - e não
podia ser diferente - às tragédias, quando cai uma marquise, por exemplo.
Agora, quando o Poder Público, através de entidades fiscalizadoras, tanto o
Corpo de Bombeiros como os servidores do Estado ou dos Municípios, fazem uma
ação, muitas vezes ações no cumprimento de uma lei, Ver. Delegado Cleiton, é
recebida, num primeiro momento, como uma ação meio antipática. É bom neste
momento fazermos essa reflexão.
E aqui os Vereadores que me antecederam também
falaram da coragem dos profissionais do Corpo de Bombeiros. Eu não tenho noção,
mas certamente o Comandante falará depois, mas é bom lembrar – eu tenho um
pouco de conhecimento até pela minha experiência, eu trabalhei na Petrobras durante
oito anos, e a Petrobras tem a Brigada de Incêndio – que todo o pessoal que
trabalhava fora das questões administrativas da Petrobras, ao menos na minha
época, fazia parte da Brigada de Incêndio. E eu notava, na época, que os
cidadãos, de modo geral, desconheciam, por exemplo, Comandante, a necessidade
da quantidade de força que se precisa ter para segurar aquela mangueira, em
razão da pressão, para apagar uma chama ou quando se trata de combate a
incêndio de produtos químicos, usando água, é somente por abafamento. E assim
notamos o quanto é importante ter efetivamente muita coragem! Porque aquelas
chamas são ensurdecedoras e muito próximas. O homem da frente tem que ter muita
coragem e não ter medo da própria morte, em hipótese nenhuma! Isso acontece no
dia a dia do Corpo de Bombeiros. Eu queria dizer isso, é bom falar, porque
durante o curso dos profissionais do Corpo de Bombeiro e até da própria
polícia, muitos acabam desistindo. Por isso, quase a totalidade desses
profissionais que está lá no Corpo de Bombeiros é experimentada, porque passa
por um treinamento durante o curso e muitos desistem da profissão quando vão à
prática, porque não é para qualquer, vamos dizer, pessoa, a não ser para os que
têm, efetivamente, esse preparo psicológico e físico, porque é também
necessária a força.
Cumprimento toda família do Corpo de Bombeiros do
Estado do Rio Grande do Sul, a Brigada Militar. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Sr. Adriano Krukoski Ferreira, Comandante do
Corpo de Bombeiros de Porto Alegre, está com a palavra.
O SR. ADRIANO
KRUKOSKI FERREIRA: Sr. Presidente, Ver. Professor Garcia, nós
conversávamos, professor de muitos brigadianos, de muitos bombeiros, é um
prazer estar aqui nesta Casa, mais uma vez, agora para amenidades; algumas
vezes estivemos aqui para discussões, para acertos importantes também. Sr.
Airton Michels, Secretário Estadual da Segurança; nosso amigo José Freitas,
Secretário de Segurança de Porto Alegre; também o João Hélbio, Secretário-Adjunto,
parceiro em todos os momentos, aqui em Porto Alegre em situações difíceis.
Também queria cumprimentar e agradecer ao Ver. Waldir Canal, que propôs esta
homenagem, e dizer que quem tem que agradecer somos nós, o Corpo de Bombeiros,
o nosso Efetivo de Bombeiros, pela confiança depositada na instituição e nos
homens e mulheres que a constituem. Isso só nos motiva ainda mais a trabalhar
cada vez melhor, se assim entende a sociedade, e esse compromisso, como foi
dito, vem desde criança. Se todos os que estão aqui foram bombeiros, é porque
quando crianças tinham essa admiração.
Também aqui não quero esquecer da Dona Dilce, nossa
amiga do Bravo 6, e suas amigas, nossas amigas, que aqui estão nos
prestigiando, também, amigas e companheiras de todas as horas; e hoje
cumprimento a Dona Dilce pela conquista na Comurb. Cumprimento o nosso amigo,
nosso “bomberucho”, nosso representante da ABERGS, nossa Associação dos
Bombeiros do Rio Grande do Sul; o Nélvio, que aqui está representando o nosso
Presidente Ubirajara. Agradeço a sua presença e o seu prestigio.
E, por final, os nossos integrantes da Guarnição do
bairro Assunção, conhecido como Bravo 6, que atende a comunidade, que, num
esforço individual de cada servidor conseguiu, há um ano, reabrir aquela
estação e fazer com que aquela comunidade também seja assistida por aquela
estação, que por diversos motivos estava fechada há mais de dois anos.
Também já foi citado aqui pelo nosso Vereador
Paulinho Motorista que a Estação Belém é tão importante como qualquer outra estação,
e iríamos atendê-lo de qualquer maneira naquele momento, porque realmente há um
complicador nos finais de ano quando vem a Operação Golfinho, e por nós termos
um efetivo muito qualificado em Porto Alegre, muitos deles acabam se deslocando
ao Interior e ao Litoral para uma missão muito importante, que é salvar vidas.
Somente no verão passado, foram mais de 1.300 vidas salvas no mar e em águas
internas. Então, foi muito importante essa medida que o senhor e a comunidade
tomaram, movimentando-se para nos darem forças para chegar ao comando, à
Secretaria de Segurança, para não deixarem fechar uma estação em Porto Alegre.
Se estamos sozinhos não conseguimos: “Andorinha sozinha não faz verão!” Quero
agradecer o apoio, naquele momento, do Corpo de Bombeiros e nos colocamos à
disposição.
Quero aproveitar o momento para também agradecer ao
Governo do Estado, ao nosso Secretário da Segurança, representando o Sr.
Governador Tarso Genro, pela coragem de emancipar, podemos dizer assim,
efetivamente, o Corpo de Bombeiros, separando-o da Brigada Militar. Podemos
dizer que hoje, depois de 30 anos de serviço, foi uma separação acordada sem
mágoas, sem rancores, com um prazo de dois anos para a sua conclusão, para que
não seja simplesmente como um filho que está partindo brigado com a mãe, com
uma mão na frente e outra atrás, talvez sem as condições ideais para sobreviver
ou para se sustentar.
Então, realmente, falo em nome de todos os
integrantes do Corpo de Bombeiros de Porto Alegre, no mínimo, e todos
reconhecem, na figura do Comandante-Geral da Brigada, o Coronel Fábio, o
trabalho elaborado pela Brigada, pela Secretaria, pelo Governo do Estado. E
digo, tranquilamente, que não temos nenhuma simpatia ou antipatia por partidos;
somos uma entidade de Governo, e, independente do Governo que ali esteja, vamos
trabalhar da mesma maneira. Gostaria de transmitir isso, que foi um pedido do
nosso efetivo, se houvesse oportunidade de transmitirmos ao Governo do Estado.
Estivemos diversas vezes aqui ou estivemos
representados para discutir algum assunto de interesse da Cidade junto a esta
Casa. Quero aproveitar esta oportunidade para dizer que hoje cada bombeiro de
Porto Alegre trabalha por dois, apesar do aporte - também, reconhecido, Sr.
Secretário - de efetivos que tivemos nos últimos anos. Eu, realmente, nos meus
30 anos, gostaria de registrar que não tinha visto um ingresso de 600 bombeiros
em um único concurso, assim como esperamos que, em breve, cheguem mais 400.
Então, isso deu aporte e condição de manter aberta a Estação Belém Novo, de
reabrir, Dona Dilce, a Estação Assunção e dar um atendimento melhor à cidade de
Porto Alegre.
Temos diversos desafios, entre eles a nova Lei de
Prevenção contra Incêndios, ontem ainda sancionada, com algumas emendas – de
projeto de lei agora tornou-se lei -, para atender essa comunidade. Como foi
falado, há aquele momento antipático, muitas vezes, da notificação, da multa e
até de alguma interdição. E a sociedade, às vezes, não compreende que aquilo
está dando segurança não apenas àquela edificação ou às pessoas que estariam
sob risco naquele local, como também aos vizinhos, à circunvizinhança daquela
edificação que está insegura.
As medidas extremas de interdição que se adotam
realmente não são apenas por estarem na Lei que determina o poder de Polícia do
Corpo de Bombeiro para realizar a interdição, mas, sim, para dar segurança
àquelas pessoas. São raros os casos de interdição, porque as edificações hoje
têm um nível adequado ou mínimo de segurança, e se evita esse tipo de
intervenção. Porém, quando necessário, nós vamos fazê-la.
Quero agradecer também a esta Casa. Hoje o Corpo de
Bombeiros de Porto Alegre se mantém muito graças ao Fundo Municipal de
Reaparelhamento de Bombeiros, um fundo criado, adaptado, sugerido, aprovado,
sancionado por esta Casa e que hoje mantém os Corpos de Bombeiros de quase todo
o Estado do Rio Grande do Sul, além do aporte de custeio, etc., que se recebe
do Governo do Estado e investimentos a partir do PPCI e convênios.
Para concluir, quero informá-los, como prestação de
contas, que, no ano passado, o Corpo de Bombeiros de Porto Alegre atendeu a
mais de 7 mil ocorrências; essas ocorrências vão desde retirar o gatinho da
árvore até grandes incêndios, como o do Mercado Público, o da Decorville e
outros incêndios, que, às vezes, causam mais transtornos do que esses grandes
incêndios. Às vezes, uma moradia em que as pessoas perdem tudo aquilo que
conquistaram durante a vida, ou um empreendimento, como o foi o caso do Mercado
Público, onde centenas de pessoas dependiam daquela atividade para sobreviver,
causa muito transtorno. Então é melhor prevenir a simplesmente virar as costas
à prevenção e deixar à sorte, ver o que vai acontecer, pagar para ver - às
vezes o custo é muito caro. Também quero dizer, dentro que foi citado pela
Ver.ª Mônica Leal, que trabalhamos efetivamente com diversos processos – o Ver.
Canal também citou –, como Bombeiro Mirim, tentando pegar aquela criança,
muitas vezes com dificuldade até de alimentação; se há projetos, leva para
dentro do colégio no turno inverso ao da escola. Dar algum treinamento mínimo
de prevenção de incêndio, mas que se transmita mais o que é ser um cidadão,
transmitir a cidadania para essa criança que está em formação. Em último
momento, é realmente saber o que eles têm que fazer em momentos difíceis.
Trabalha-se muito em cima de estudos, não só os Bombeiros trabalham em cima
disso. A percepção da criança é muito diferente da percepção de um adulto na
questão de risco. Quando ela recebe, por parte do Corpo de Bombeiros ou de qualquer
outra entidade, a percepção do risco, nós temos certeza que estamos prevenindo
acidentes, temos certeza que estamos também salvando vidas, formando cidadãos e
torcendo para que, no futuro, ele venha a integrar o quadro do Corpo de
Bombeiros. E do Mirim até o Máster, já acordado com a Associação da Vila dos
Pescadores, Vila Assunção – a Dona Dilce é Presidente –, no dia 22 teremos o
nosso Bombeiro Máster. E aí também então pegamos um outro extremo, digamos
assim, das pessoas que, com certeza, já têm problemas de saúde – e eu me
enquadro nessa categoria –, depois dos 50, principalmente, e que, às vezes, um
simples aprender a como proceder num RCT ou um simples proceder de uma massagem
cardíaca ou um procedimento cardiorrespiratório salva vidas.
Ontem, infelizmente, enterramos um colega de
corporação que sofreu uma parada cardíaca, e não tinha ninguém para tentar
mantê-lo pelo menos com sinais mínimos até chegar o socorro qualificado.
Então quero dizer que estamos à disposição desta
Casa, estamos à disposição da sociedade gaúcha, estamos à disposição da
sociedade porto-alegrense, e é um prazer sempre estar aqui. Sempre que
convidados, aqui estaremos, representando os 311 homens do Corpo de Bombeiros
de Porto Alegre. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Muito obrigado, Cel. Adriano.
O Sr. José Freitas, Secretário Municipal de
Segurança, está com a palavra.
O SR. JOSÉ
FREITAS: Boa tarde a todos. Eu não ia falar, mas sou obrigado a fazer um
registro de agradecimento público ao Corpo de Bombeiros. Trago um abraço do
Prefeito, José Fortunati, que não pôde estar presente por motivos de agenda.
Quero parabenizar o Ver. Waldir Canal pela iniciativa e dizer que a gente nunca
sabe quando vai precisar do Corpo de Bombeiros.
Na madrugada de domingo, eu precisei do Corpo de
Bombeiros. Eu estava até parabenizando o Coronel anteriormente pela agilidade.
O meu filho capotou o seu carro na Zona Sul, oito vezes. Em menos de cinco
minutos, o Corpo de Bombeiros estava lá. Então, quero parabenizar o Corpo de
Bombeiros. Tinha cinco pessoas dentro do carro. Primeiro, agradeço a Deus, e,
depois, ao Corpo de Bombeiros, que são homens usados por Deus para salvar
vidas. Assim é o dia a dia do Corpo de Bombeiros, da Brigada Militar.
Quero fazer um registro também sobre o atendimento
excelente da Brigada Militar, da EPTC, de todos os órgãos que estavam lá
rapidamente. Por isso é que eu não poderia deixar de fazer este registro. Nós
sempre queremos um parceiro perto como o Corpo de Bombeiros. Eu e o meu
Secretário-Adjunto, João Hélbio, temos feito um bom trabalho na Secretaria
Municipal e estamos lutando, junto com o Governo, para colocar uma estação do
Corpo de Bombeiros dentro do sambódromo. Já está na mesa do Prefeito, e, com certeza,
essa criança, Coronel, vai nascer. Então, parabéns para toda a Corporação e um
abraço para o nosso Comandante da Restinga, que nos atendeu excelente e
rapidamente. Este é o registro que eu queria fazer. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Sr. Airton Michels, Secretário Estadual da
Segurança Pública, está com a palavra.
O SR. AIRTON
MICHELS: Obrigado, Sr. Presidente, até por me permitir falar, até saindo do
protocolo, mas eu também trago aqui um grande abraço do Governador do Estado,
logicamente muito orgulhoso desta homenagem oferecida ao Corpo de Bombeiros
Corpo de Bombeiros do Estado do Rio Grande do Sul, agradecer ao Ver. Waldir
Canal, proponente desta homenagem, e dizer que, de fato, os bombeiros estão-se
desprendendo de uma instituição extremamente valorosa do Estado do Rio Grande
do Sul, que é a Brigada Militar. E não foi fácil, porque a Brigada não queria a
separação. E é bom que a Brigada não tenha querido, porque qual é a família que
quer perder um filho tão dileto quanto os bombeiros? A Brigada Militar atua no
policiamento, no policiamento rodoviário, ambiental. E, sem dúvida, até pelo
que se ouviu aqui de todos os Vereadores, o que mais traz lembranças da Brigada
Militar são exatamente as ações tão importantes para a sociedade realizadas
pelo Corpo de Bombeiros. Era natural que isso se encaminhasse dessa forma,
porque, como foi dito, a Brigada precisa priorizar o seu trabalho, que é o
policiamento; e para fazer isso ela não precisa dos bombeiros. O policiamento é
um trabalho também de alta necessidade, extremamente importante para a nossa
sociedade. E os bombeiros não precisam de nada da Brigada Militar, a não ser o
que precisaram até hoje, a sua organização – e estão levando isso agora.
Seguramente estão levando muitas coisas boas que aprenderam, que conviveram e
que fazem parte da estrutura da Brigada Militar. Então, essa separação, que há
tanto tempo a sociedade gaúcha e as instituições esperavam, foi uma providência
do Governo, reconhecendo essa luta histórica da corporação. Reitero que a
Brigada forneceu o cabedal que eles trazem agora, que nós vamos construir. A
legislação está aí, nós vamos construir e regulamentar, e muito a partir do que
trazem as informações e o conhecimento dos nossos homens e mulheres do Corpo de
Bombeiros do Estado do Rio Grande do Sul para criar uma instituição que
continuará prestando importantes serviços à sociedade do Rio Grande do Sul.
Encerro dizendo, Tenente-Coronel Krukoski, que, de
fato, antes mesmo da separação, houve um reconhecimento muito importante deste
Governo do Estado, do Governador Tarso Genro. Com relação à questão do pessoal,
nós vamos fechar uma gestão com o aporte de mais mil bombeiros no Estado do Rio
Grande do Sul – isso é mais ou menos a metade do quadro existente hoje. Nós
vamos aumentar em mais 50% do que há. Além de equipamentos - não é
Tenente-Coronel Krukoski - como, por exemplo, esses caminhões Auto Bomba
Tanque. Nós adquirimos 49, também recompondo, compondo, em um aporte absolutamente
inédito de recursos para os bombeiros. Então eu cumprimento especialmente os
nossos valorosos bombeiros e muito especialmente a Câmara de Vereadores, que
representa a população de Porto Alegre e que teve a sensibilidade, Sr.
Presidente, Ver. Professor Garcia, de fazer esta homenagem. Muito obrigado e um
grande abraço!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Muito obrigado. Obrigado a todos que se
manifestaram. Queremos dizer, Secretário, que a Brigada não perde, mas o Rio
Grande do Sul ganha em seu todo, e cada um vai fazer a sua atividade fim. E
sabemos, e estava consultando até o Coronel Krukoski, que, hoje, em apenas dois
Estados do Brasil ainda não houve essa desvinculação: Paraná e São Paulo são os
únicos Estados que ainda estão ligados à Polícia Militar. Eu não tenho dúvida
de que é uma questão de tempo. Mas, em seu todo, eu acho que os Estados crescem
nas suas atividades fins. O que se busca, na realidade, é que todos continuem
dentro do sistema de segurança pública.
Parabenizamos, mais uma vez, o Corpo de Bombeiros
pelo seu dia e damos por encerrada a
presente homenagem. Convidamos o Ver. Waldir Canal para fazer a entrega
da placa comemorativa, uma homenagem que a Brigada receberá desta Casa.
(Procede-se à entrega da placa comemorativa.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se os trabalhos às 15h39min.)
O
SR. PRESIDENTE (Professor Garcia – às 15h42min): Estão
reabertos os trabalhos.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 0415/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 030/14, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que
obriga a sinalização de locais que se constituam unidades de conservação
municipais.
PROC.
Nº 0483/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 037/14, de autoria do Ver. Roni Casa da Sopa,
que concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Miguel Ângelo Rangel
Silva.
PROC.
Nº 0524/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 044/14, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que
estabelece procedimentos que visam a incentivar a doação de sangue,
medula óssea, tecidos e órgãos no Município de Porto Alegre e revoga as Leis nos
10.727, de 15 de julho de 2009, e 10.795, de 21 de dezembro de 2009.
PROC.
Nº 0564/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 047/14, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que
obriga as empresas que realizam eventos artísticos, recreativos, culturais ou
esportivos, bem como seus proprietários e seus produtores, a disponibilizar ao
espectador ou participante desses eventos seguro de responsabilidade civil
destinado à cobertura de danos pessoais que lhes possam ser causados nesses
eventos e dá outras providências.
PROC.
Nº 0823/14 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 008/14, de autoria do Ver. Professor Garcia, que
altera o caput e o § 1º do art. 140
da Lei Complementar nº 395, de 26 de dezembro de 1996 – Código Municipal de
Saúde –, e alterações posteriores, excluindo os estabelecimentos de saúde do
rol de locais em que é proibida a permanência de animais.
PROC.
Nº 1043/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 100/14, de autoria do Ver. Dr. Thiago, que
concede o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao médico doutor Pedro Gus.
PROC.
Nº 1096/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 106/14, de autoria do Ver. Mario Manfro, que
denomina Rua Adão de Campos Torres o logradouro público cadastrado conhecido
como Rua Vinte – Jardim Dona Leopoldina II –, localizado no Bairro Mário
Quintana.
PROC.
Nº 1181/14 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 012/14, de autoria do Ver. Mario Manfro, que
altera o caput e o inc. II do
parágrafo único do art. 141 da Lei Complementar nº 133, de 31 de dezembro de
1985 – que estabelece o Estatuto dos Funcionários Públicos do Município de
Porto Alegre –, e alterações posteriores, ampliando o rol de casos em que será
concedida licença ao funcionário detentor de cargo em comissão.
PROC.
Nº 1281/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 123/14, de autoria do Ver. Idenir Cecchim, que
inclui as efemérides Dia de Prevenção ao Câncer Colorretal e Semana de
Prevenção ao Câncer Colorretal no Anexo da Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010
– Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto
Alegre –, e alterações posteriores, no dia 28 de maio e na semana que incluir
esse dia, respectivamente.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 0123/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 005/14, de autoria da Verª Sofia Cavedon, que
declara de utilidade pública a Associação dos Amigos, Parentes e Portadores de
Ataxias Dominantes (AAPPAD).
PROC.
Nº 0834/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 083/14, de autoria do Ver. Paulo Brum, que
reconhece a pessoa com transtorno do espectro autista como pessoa com
deficiência e dá outras providências.
PROC.
Nº 0942/14 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 009/14, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que estabelece normas para a implantação de helipontos no Município de Porto
Alegre. Com Emenda nº 01.
PROC.
Nº 1295/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 124/14, de autoria do Ver. Paulo Brum, que
inclui inc. XIV no art. 3º da Lei nº 9.782, de 6 de julho de 2005 – que cria a
Secretaria Municipal de Acessibilidade e Inclusão Social (Smacis) no âmbito da
Administração Centralizada do Município de Porto Alegre, extingue o Gabinete de
Acessibilidade e Inclusão Social (Gacis), altera o caput do art. 1º da Lei nº 9.723, de 27 de janeiro de 2005, e dá
outras providências –, alterada pela Lei nº 11.224, de 22 de fevereiro de 2012,
ampliando o rol de finalidades dessa Secretaria.
PROC.
Nº 1372/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 131/14, de autoria do Ver. Paulo Brum, que
determina que, para fins de plena fruição dos direitos previstos na legislação
do Município de Porto Alegre para as pessoas com deficiência, o Executivo
Municipal não considere os critérios renda familiar e renda pessoal.
PROC.
Nº 1380/14 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 019/14, que cria 16 (dezesseis) cargos de
provimento efetivo de Médico Veterinário na Administração Centralizada do
Município e altera os itens Identificação, Atribuições, Condições de Trabalho e
Recrutamento, constantes na Lei nº 6.309, de 28 de dezembro de 1988 – que
estabelece o Plano de Carreira dos Funcionários da Administração Centralizada
do Município; dispõe sobre o Plano de Pagamento e dá outras providências –, e
dá outras providências.
O
SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): A Ver.ª Mônica Leal está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. MÔNICA
LEAL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, a todos presentes
no Plenário e aos que nos assistem pela TVCâmara, impossível não fazer registro
sobre o evento Copa do Mundo em Porto Alegre; terminaram os jogos sediados na
Capital, agora o tempo é de balanço, de fazer as contas, de voltar à rotina. É
hora de desmanchar as estruturas temporárias, e também de ser desfeito o grande
diferencial da Capital neste evento mundial, o Caminho do Gol. Eu fiquei muito
contente que todas as opiniões foram positivas, visto que - e aqui faço uma
breve parada -, quando participei de um programa de rádio, o Polêmica, na Rádio
Gaúcha, cujos convidados eram o nosso sempre Ver. Adeli Sell, eu, e o advogado
Fernando Malheiros, e havia uma enquete onde perguntavam se as pessoas eram a
favor ou contra a Copa do Mundo. Naquele momento, a enquete deu que 85% das
pessoas eram contra, e eu ali, desde o início, dizendo que seria um ganho para
a cidade de Porto Alegre. Agora faço aqui este fechamento e vejo que as
notícias todas foram, para minha surpresa e grata surpresa, o contrário: muito
positivas!
O Caminho do Gol foi o maior golaço da Prefeitura,
o trajeto que uniu o Centro Histórico ao Estádio Beira Rio foi declaradamente
um sucesso. Ali acontecia o encontro de todos os povos, de todas as cores, como
dizia a campanha de divulgação e acolhida da Copa em nossa Cidade. Quem acompanhou
de perto, quem se concentrou junto com os torcedores estrangeiros desde o
Mercado Público, tomando conta dos arcos da Avenida Borges de Medeiros, subindo
o Viaduto dos Açorianos e vislumbrando aquela magia da Copa, até enxergar o
estádio Beira-Rio, quem só viu da janela, na televisão, pelo Facebook ou pelos
jornais, sabe muito bem do que estou falando. A proposta foi pensada junto com
o plano de mobilidade para os dias de jogos em Porto Alegre e teve tamanha
aprovação, que a FIFA está pensando em adotar a ideia em futuras Copas do
Mundo, e já declarou isso na imprensa. O Caminho do Gol deu certo, como a
maioria da programação, devido a soma de muitos ingredientes, que vai do
esforço e da organização da nossa Prefeitura e suas Secretarias, da participação
do Governo do Estado, do envolvimento da comunidade, da hospitalidade, da
cordialidade, da segurança, da receptividade e do espírito
festeiro inerente à Copa. Até a criatividade, a paixão que os porto-alegrenses
já tinham e que deixaram aflorar de forma mais positiva motivados pelo futebol
e pelo amor ao lugar onde vivem. Isso são características marcantes nos
porto-alegrenses e que nós precisamos, a todo o momento, registrar, porque
havia, sim, uma campanha dos contra, contra a Copa.
Ao final do quinto e
último jogo realizado na Capital, o Prefeito Fortunati recebeu das mãos do
Presidente da FIFA, Joseph Blatter, uma medalha em reconhecimento pelo sucesso
de Porto Alegre na organização desse grande evento esportivo mundial.
O melhor da Copa
ocorreu dentro e fora do estádio. Aconteceu na Fan Fest, no Anfiteatro Pôr do
Sol, muito bem transformado, sempre com grande frequência do mais variado
público nos shows e nos jogos transmitidos no telão. O melhor da Copa foi a
atenção às pessoas portadoras de necessidades especiais e com dificuldade de
locomoção, assim como idosos que tiveram ônibus especiais adaptados saindo de
vários pontos da Cidade, carrinhos elétricos que percorriam a área restrita
chegando até os portões do Beira-Rio. Foi o Centro de Mídia instalado no
Gasômetro para receber jornalistas internacionais. Tivemos registradas 20 mil
inscrições de jornalistas credenciados pela FIFA, 20% eram brasileiros. Foram
350 mil turistas circulando e movimentando a nossa economia. Isso foi o melhor
da Copa. Os 800 voluntários que estavam em todos os pontos importantes, com
uniformes, jovens com sorriso no rosto, orientando as pessoas e legitimando a
tão benéfica cultura do voluntariado.
O tempo é curto. Eu
teria muito mais o que dizer sobre o melhor da Copa, mas como jornalista eu
quero deixar aqui registrar que o melhor da Copa é Porto Alegre ter sido
notícia no mundo inteiro. Isso é incalculável como propaganda; é Porto Alegre
ter sido noticiada por milhares e milhares de veículos de comunicação. Muito obrigada.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Muito obrigado.
O Ver. Christopher Goulart está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. CHRISTOPHER GOULART: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, eu quero aproveitar a oportunidade de estar na
tribuna desta Casa, onde ocorrem grandes debates. Hoje assumo na condição de 1º Suplente -
o que ocorre eventualmente -, com a honrosa tarefa de participar dos trabalhos e acompanhar a atual
legislação. Quero, antes de mais nada, desejar melhoras à Ver.ª Séfora Mota,
de quem sou Suplente. Também aproveito a ocasião para narrar, desta tribuna, a
decisão que ensejou um objetivo e uma responsabilidade pública. Eu, como
representante do PDT, Partido Democrático Trabalhista, havia-me colocado à
disposição para uma pré-candidatura à deputado federal, desafio este que
entendo ser honroso e até mesmo necessário, dado que aborda alguns temas que
são caros ao Trabalhismo, temas que dizem respeitos às reformas, às estruturas
das instituições e que nós carregamos com muita convicção dentro da nossa
própria família e da nossa formação pessoal. Eis que recebi, com muita honra,
com muito apreço, e até mesmo alguma surpresa, o convite para ser o 1º Suplente
do candidato ao Senado, Lasier Martins, que aceitei de muito bom grado, também
no sentido do preparo para a responsabilidade, para todo trabalho que há de se
implementar, principalmente em se falando de Trabalhismo. Nós temos a noção
exata da necessidade de voltarmos a ser protagonistas - tanto no Estado do Rio
Grande do Sul, como no Brasil - e, por isto, coloquei-me à disposição para,
árdua e firmemente, desenvolver as grandes teses e apresentar, juntamente ao
nosso candidato para o Senado, Lasier Martins, as soluções, as receitas, as
fórmulas para trabalharmos com responsabilidade. Presidente, eu apenas queria
colocar isso, porque é uma atribuição, sim, pública. Não quero ingressar em
nenhum tipo de história eleitoral, mas quero colocar-me à disposição e me
apresentar dessa forma. Quero dizer também, Presidente, que é uma honra estar
aqui participando desta Sessão e encarando estes novos desafios. E falando na
questão ideológica, eu tenho responsabilidade com o trabalhismo, e sobre esse
enfoque, sobre essa função de responsabilidade com o patrimônio público, e,
mais do que isso, da valorização da soberania nacional, da fórmula que um dia
nós tivemos neste País e que hoje não temos mais, de uma política externa
independente. Creio que esses são debates pertinentes não só a Porto Alegre, mas
ao Estado e ao Brasil, e mais do que isto, de nós termos uma ideia de
responsabilidade com a causa pública, com os recursos públicos. Essa é a nossa
caminhada. Eu quero agradecer a oportunidade, mais uma vez, e em outras
ocasiões certamente estaremos aqui trazendo outros debates.
Quero dizer, também, que apresentamos, ontem, nesta
Casa, um novo projeto, porque eventualmente quando nós estivemos aqui – eu
entendo as circunstâncias –, mas eu não pude colocar em debate o nosso projeto
de teste de qualificação, de teste de proficiência para os CCs, em razão da
falta de quórum, e eu apresentei, então, um projeto para que retorne a Ordem do
Dia, nas quintas-feiras, nesta Casa, para que possamos, dessa forma, contribuir
e ter mais um dia, mais um espaço, para podermos apreciar e colocarmos em
votação todos essas demandas que nós temos hoje na Casa, para acelerarmos esses
projetos. Essa é a nossa contribuição na condição de Vereador. Esses são, por
ora, os motivos, os argumentos, as causas que me trazem, hoje, a esta tribuna.
Seguiremos atuando firmes na questão não só da moralidade, mas na questão de
termos exemplares agentes públicos aqui nesta Casa que irão, certamente,
reproduzir, para toda a sociedade, um trabalho tão necessário, uma demanda tão
necessária, e atender às exigências da cidade de Porto Alegre. Muito obrigado,
Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. ALCEU
BRASINHA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu venho aqui, mais uma vez,
representar a Bancada do meu Partido, do meu Líder, Ver. Cassio Trogildo, e dos
Vereadores Paulo Brum, Elizandro Sabino e deste Vereador. Venho falar,
novamente, do meu projeto que ontem nós pedimos que fosse adiada a discussão
por três Sessões para ter oportunidade de debater com os cidadãos, com aquelas
pessoas que não concordam com a minha ideia e que, talvez, não concordem com o
projeto. Enfim, cada um tem a sua livre e espontânea liberdade de pensar e de
trabalhar. Eu falo novamente porque eu ando, circulo muito pelos estádios de
futebol – não somente aqui no Rio Grande, mas no Rio, São Paulo, Salvador,
Bahia, Recife, Mato Grosso – e assisto a todos os tipos de venda ilegal de
bebida alcoólica ao redor dos estádios. E, mais ainda, fora do Brasil, na
Argentina, no Paraguai, no Chile, na Bolívia, já presenciei vários eventos
esportivos e, em cada um deles, aprendi alguma coisa.
Por exemplo: em Salvador, na Bahia, lá já está
liberada a bebida, lá tem uma lei estadual. Também sei que a lei do Município
aqui, a lei do Estado contribuiu bastante, mas hoje temos um novo conceito de
estádio de futebol, com arenas de primeiríssima qualidade não somente aqui em
Porto Alegre. Porto Alegre tem a do Grêmio, a do Internacional, tem a própria
areninha do Zequinha, como a gente fala. Eu já presenciei show no clube do Zequinha, onde é permitida a bebida de álcool,
Vereador. E eu faço uma pergunta para vocês que estão em casa e para vocês, os
Vereadores que estão aqui: qual é a diferença de um show esportivo, um show
de futebol e um show de um artista,
como, por exemplo, o Raça Negra ou Lulu Santos? Eles têm os seus seguidores,
seus fãs, seus fã-clubes, e as pessoas fazem de tudo para chegar perto e bebem
muito. Nas danceterias, nos bares, nas boates, às vezes, com três ou quatro mil
pessoas, lá tomam todos os tipos de cerveja, vinho, whisky, enfim. Aí eu penso: aqueles vendedores ambulantes, aqueles
bares ao redor do estádio, também deveria ter uma lei que regulamentasse a venda
antes do início do espetáculo de futebol. Por quê? Porque o cidadão que gosta
de futebol e aprecia sua cerveja, seu vinho, seu whisky começa a beber antes e, depois, quer ingressar no estádio de
futebol. E o problema começa lá na entrada, Ver. Kevin Krieger, lá começa a
grande confusão porque eles querem ingressar imediatamente no estádio e não
podem, porque têm que se identificar, têm que passar na roleta, e aí começa o
problema, o tumulto. O cidadão ingeriu todos os tipos de bebida lá fora e entra
no estádio. Aí começa o tumulto. Ele está embriagado porque bebeu e vai
assistir à partida nervoso, brabo, porque teve dificuldade para ingressar no
estádio.
Eu pedi que a discussão do projeto fosse adiada por
três Sessões novamente. Tenho certeza absoluta de que não sou o dono da
verdade, mas eu quero que os meus colegas Vereadores reconsiderem e trabalhem
na linha do que pode ser feito para melhorar a situação dentro das arenas,
dentro dos estádios de futebol. Obrigado, senhores.
(Não revisado pelo orador.)
(A Ver.ª Mônica Leal assume a presidência dos
trabalhos.)
A SRA.
PRESIDENTE (Mônica Leal): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR.
PROFESSOR GARCIA: Sra. Presidente, Srs. Vereadores, Sras.
Vereadoras, vim utilizar o período de Pauta porque está tramitando um projeto
de minha autoria sobre a possibilidade de animais domésticos fazerem parte do
dia a dia de clínicas e hospitais. No ano de 2004, foi aprovado um projeto meu
que permitiu que escolas infantis e creches pudessem ter animais domésticos
dentro delas. Claro que sempre tivemos o cuidado de vincular à Vigilância
Sanitária e ao projeto pedagógico da Secretaria de Educação.
Quando o nosso projeto foi aprovado, muitas pessoas
nos perguntaram por que não incluir os hospitais. Sabemos que a relação
homem/animal hoje é algo cada vez mais presente, mas, na época, teve uma
discussão muito forte, isso já faz uma década. Alguns médicos, enfermeiros,
psicólogos de dentro dos hospitais queriam, mas outros se preocuparam com as endemias,
com os tipos de doença que os animais poderiam trazer para dentro dos
hospitais. Paramos com aquela discussão.
Hoje sabemos que inúmeros hospitais no mundo
inteiro já trabalham com a chamada pet
terapia. (Lê.): “Esta proposição tem a finalidade de estabelecer regramento
legal no Município de Porto Alegre para a prática da Pet Terapia, técnica largamente utilizada no mundo todo, com reais
e comprovados resultados na melhoria da saúde física e mental dos pacientes que
recebem esse tipo de tratamento. A Pet
Terapia realizada com pessoas especiais ensina e estimula a empatia, a divisão
de tarefas e o trabalho em grupo, melhorando a capacidade motora e estimulando
o desenvolvimento afetivo. Em portadores de baixa imunidade, melhora as
condições do tratamento, com o aumento da resposta imunológica do organismo à
terapia aplicada, reduzindo o período de internação. Em pacientes à espera de
transplantes, melhora a condição psicológica, diminuindo a angústia, que se vê
aliviada pela companhia constante do Pet
escolhido. Com idosos e pessoas com Alzheimer, a companhia doce e fraterna dos
animais, bem como o amor incondicional dedicado por esses seres aos humanos,
fortalece o vínculo com a vida, quando necessária a internação prolongada ou
definitiva em estabelecimentos de saúde. De acordo com o American Journal of Cardiology, um estudo mostrou que o convívio
com animais ajuda a controlar o estresse, diminui a pressão arterial e reduz o
risco de problemas cardiovasculares. Pesquisas realizadas na Austrália apontam
que as pessoas que convivem com bichos fazem consultas com menor frequência e
tomam menos medicação. O hospital Albert Einstein de São Paulo autoriza, desde
2013, a permanência de animais domésticos dos internados em suas dependências,
pelo comprovado auxílio terapêutico no tratamento de seus pacientes.
Certamente, cabe à Vigilância Sanitária a fiscalização sobre as circunstâncias
do abrigo, higiene e vacinação desses amigos do homem no ambiente dos
estabelecimentos de saúde que optarem por utilizar essa prática. No entanto,
não se pode negar-lhes, por restrição legal, a adoção livre e espontânea da Pet
Terapia, comprovada e eficaz forma de tratamento que melhora a qualidade de
vida de enfermos, sejam eles permanentes ou eventuais”.
Srs. Vereadores, gostaria de começar hoje, já que
eu sempre digo que o período de Pauta é o début
de um projeto, a discutir isso em Porto Alegre, junto à nossa sociedade, para
que possamos elaborar um projeto de forma mais concisa. Eu não tenho nenhuma
dúvida de que isso vai ajudar a melhorar a qualidade de vida do povo de Porto
Alegre. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Professor Garcia reassume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir
a Pauta.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores,
nós temos, hoje, nada mais, nada menos do que cerca de 15 projetos que estão em
primeira ou segunda Sessão para discussão. Isso ocorre no dia 3 de julho, ou
seja, a menos de duas semanas do recesso parlamentar de julho, que tem o seu
início aprazado para o dia 15 do corrente ano, conforme determina o Regimento
Interno da Casa, alterado, modificado, inclusive com a redução do período de
recesso, que era uma ponderação que vários setores da sociedade realizavam. Por
isso, Sr. Presidente, eu devo assinalar, antes de mais nada, a circunstância,
exatamente neste momento, da capacidade e vivacidade deste sodalício no sentido
de demonstrar o grande espírito de participação desta Legislatura com relação
às coisas da Cidade. Evidentemente, eu deveria, e devo, no dia de hoje,
acentuar mais comentários acerca daqueles projetos que se encontram em 2ª
Sessão, visto que, no dia posterior, obviamente a partir de manhã, eles saem da
Pauta, dão lugar a que os projetos que se encontram em primeiro dia de debate,
1ª Sessão de Pauta, possam ser analisados. E, entre esses, verifico que alguns
projetos já foram inclusive compartilhados com a Liderança da Casa, que, no seu
Colégio de Líderes, concertou que eles deverão ser objeto de análise conjunta
das Comissões, na expectativa de que possam ser analisados ainda no presente
semestre. Destaco, por lembrança absoluta, em função de que, na manhã de hoje,
ainda discuti esta priorização, os dois primeiros projetos constantes em 2ª
Sessão no rol de matérias que se encontram em debate preliminar na Casa. Ou
seja, o projeto de autoria da Ver.ª Sofia Cavedon, que declara de utilidade
pública a Associação dos Amigos, Parentes e Portadores de Ataxias Dominantes -
AAPPAD. E o segundo, do Ver. Paulo Brum, nosso companheiro de Legislatura,
integrante da Bancada do Partido Trabalhista Brasileiro, que reconhece a pessoa com transtorno do espectro autista como pessoa com
deficiência e dá outras providências.
Vejam os senhores, a coincidência de
assuntos abordados em projetos diferentes tem uma integração entre si, na
medida em que focam situações referentes a algumas doenças crônicas que merecem
cuidados especiais por parte daqueles que estão envolvidos com os programas de
saúde pública na cidade, no Estado e no País. E, de outro, com a própria
sociedade que precisa reconhecer a necessidade de tratamentos especiais a esses
segmentos. É o que, em última análise, buscam os autores. Razão pela qual nós
acentuamos, nesse derradeiro momento da discussão preliminar, o nosso
compromisso de contribuir logo ali adiante ao procedermos à análise conjunta da
Comissão em diligenciarmos com a devida urgência para que eles possam ter
condições de ainda neste semestre ser objeto de votação aqui na Casa. Isso
porque, logo ali adiante, em agosto, quando nós retomarmos as atividades do
Legislativo, estarão em constituição e em elaboração os orçamentos do Município
e, evidentemente, essa decisão da Casa irá pesar positivamente para as
entidades aqui beneficiadas.
Por tais razões, fica esse depoimento
que faço preliminarmente no dia de hoje. Obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): A Ver.ª Lourdes Sprenger está com a
palavra para discutir a Pauta.
A
SRA. LOURDES SPRENGER: Sr. Presidente, tramita nesta Casa um
projeto do Executivo de incremento de 16 vagas de médicos-veterinários para
atender o monitoramento de animais de rua, fiscalização de estabelecimentos
destinados à criação, comércio, hospedagem, transporte, alojamento, feiras,
prestação de serviços, utilizando animais, entre outros.
O que se observa hoje é que nós temos um número bom
de veterinários no Município, porém novas demandas, novas atividades vêm
surgindo ao longo do tempo, envolvendo as atividades com animais. Mas o que se
observa é que o projeto cita mais atribuições, não se sabe bem que cálculo se
utilizou para chegar à conclusão de que são necessários 16
médicos-veterinários, se há médicos-veterinários que estão se aposentando, ou
se é criação de novas vagas para atender a essas demandas. É necessário que
também se inclua atividades da fiscalização da SMIC, que há muito tempo fala da
necessidade de veterinário, bem como a área que trata das atividades rurais -
também um setor ligado à SMIC. E também a vigilância sanitária, que tem
atividades de médicos-veterinários especializados na área de alimentos, que é
uma área que, muitas vezes, se confunde com outras atividades, porém, o
veterinário tem essa atividade.
É muito bom que se valorize a categoria de
médicos-veterinários, porque nós, que somos da causa animal, dependemos muito
dessa categoria nas horas em que precisamos de atendimento de animais, e não
são em todos locais que se encontra atendimento fora do expediente, ou fins de
semana. E acredito que, com essa decisão do Executivo, nós possamos ter plantão
nos fins de semana, que hoje é um grande problema, não se sabe a quem recorrer.
Embora tenhamos o 156 com atendimento, não se observa que tenha um médico - não
precisa fazer dentro do consultório, pode ficar com o celular, como muitas
clínicas fazem: atendem 24 horas, mas ficam com o celular à disposição, porque
à medida que buscam o atendimento, esse celular toca diretamente com o
veterinário. E muito importante também para o atendimento de animais em
situação de emergência, porque hoje, praticamente, ficamos somente nas redes
sociais ouvindo pedidos e reclamações, embora tenhamos a Frente Parlamentar
Porto Alegre sem Maus-Tratos aos Animais, que trouxe o novo Secretário da SEDA,
o Sr. Maurício, e também a Comissão de Saúde e Meio Ambiente para tratar dos
maus-tratos de animais na Cidade. Tudo isso visa ajustar e tentar, mais uma
vez, fazer com que uma Secretaria - que é muito importante, nós auxiliamos na
sua criação – venha contemplar um percentual mais elevado da população, porque
ter uma Secretaria com um número pendente de atendimentos e ter a insatisfação
da sociedade também não é bem-vinda. Essas 16 novas vagas, que irão ser
distribuídas no Município, devem ser mesuradas: o trabalho que vai ser
executado na sua atividade, que é um trabalho que é executado na Secretaria da
Administração. Sempre, quando se aumentar vagas, tem que se fazer esse cálculo
do que vai ser executado, porque não podemos também aprovar 16 vagas sem estar
bem ciente, porque isso é custo aos cofres públicos; são funcionários que
ficarão até o final de suas carreiras dentro do Município. Somos favoráveis ao
aumento de vagas com uma boa distribuição de tarefas e também pela valorização
do médico-veterinário em nível municipal. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
(O Ver. Delegado Cleiton assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Delegado Cleiton; colegas Vereadores e Vereadoras;
senhoras e senhores, quero tratar hoje aqui e fazer um convite a todos colegas
Vereadores, bem como a todos os ouvintes da TVCâmara para o ato de inauguração
do Hospital da Restinga, que acontecerá amanhã pela manhã. Será um ato oficial
de inauguração com a presença da Presidente da República, Dilma Rousseff.
(Projeção de imagens.) Ver.ª Lourdes, Ver. Cleiton, esse trabalho realizado
pela cidade de Porto Alegre na conquista do Hospital da Restinga é um processo
histórico. Desde a fundação da Restinga, há 40 anos, isso era colocado como uma
prioridade, e essa prioridade foi iniciada, efetivamente, a sua construção em
2002. No ano de 2003, o então Prefeito iniciou os
processos de acordo com o Hospital Moinhos de Vento e assinou um contrato para
construção do hospital. Depois, o Prefeito João Verle deu a efetividade desse
projeto, destinou uma área na Restinga. Mudando a Prefeitura, o Prefeito Fogaça
deu continuidade e mudou a sistemática. E, neste momento, eu destaco,
principalmente a presença da nossa Promotora Angela Salton, que mediou, nada
mais, nada menos, do que 25 reuniões no Ministério Público para ajustar o
projeto e fazer com que o hospital nascesse.
Depois, no dia 18 de
setembro de 2006, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o Decreto
instituindo uma nova modalidade de filantropia, que incluía aqui do Rio Grande
do Sul, o Hospital Moinhos de Vento e, do restante do Brasil, mais cinco
hospitais de São Paulo – eu peço a TVCâmara que aproxime mais a imagem para
mostrar à população como está ficando o Hospital da Restinga.
Então, diante dessa
dinâmica toda, está sendo construído esse hospital de R$ 127 milhões, dinheiro
de filantropia, dentro de uma nova modelagem, e que é concluído agora no
Governo do Prefeito Fortunati. Sendo que a Secretária de Estado da Saúde,
Sandra Fagundes, que, casualmente, era a mesma Secretária lá no Governo do
Município quando teve início.
E o último contrato
feito, prezado Ver. Cleiton, foi a assinatura, há 15 dias, do funcionamento da
contratualização.
Então, é um hospital
que será 100% SUS, com 50% dos seus custos do Governo Federal; 25% do Governo
do Estado e outros 25% do Governo do Município. O Hospital iniciou o seu
funcionamento agora no dia 1º de julho e amanhã teremos a inauguração com a
presença da Presidente da República, Dilma Rousseff. É a primeira vez que um
Presidente da República vai a uma comunidade do Extremo-Sul da cidade de Porto
Alegre e na Restinga. Então, nós estamos convidando toda a população que nos
ouve para estar presente amanhã nesse ato importantíssimo.
Enquanto, nós
discutimos saúde, Porto Alegre tem recebido vultosos investimentos na Saúde:
são R$ 127 milhões no Hospital da Restinga; R$ 580 milhões para o Hospital de
Clínicas; a compra do Hospital da Ulbra pelo Governo Federal, mais a UPA da
Zona Norte - tudo sob a gestão da política municipal. Hoje há temas como saúde,
segurança e muitos outros, que ninguém faz sozinho, têm que ser um projeto de
Estado. E venho aqui agradecer aos colegas Vereadores desta gestão e das
gestões passadas que sempre nos deram apoio, pois aprovamos aqui, colocadas no
Plano Plurianual, emendas para o Orçamento e que hoje se tornam uma realidade.
Portanto, esse é um trabalho, uma conquista da cidade de Porto Alegre, uma
conquista da sociedade da Restinga e do Extremo-Sul e uma conquista desta
Câmara de Vereadores. E, por último, eu quero aqui cumprimentar o valoroso
comitê pró-Hospital da Restinga, que trabalhou incessantemente. Portanto,
amanhã, na Restinga, teremos também o evento em que a Presidente Dilma receberá
o Título de Cidadã Porto-Alegrense oferecido por esta Casa. Quero aqui convidar
todos os colegas Vereadores, todas as senhoras e os senhores, para prestigiarem
esse magnífico evento, essa magnífica conquista para a cidade de Porto Alegre,
que é o Hospital da Restinga e Extremo-Sul, uma conquista da comunidade e da
cidade de Porto Alegre. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Obrigado, Ver.
Comassetto. Esse é um tema de grande relevância, até deixei que passasse o
tempo. O Hospital da Restinga é de extrema relevância, Vereador.
Apregoo o
Requerimento de autoria do Ver. Engº Comassetto, solicitando Licença para
Tratamento de Saúde no dia 02 de julho de 2014.
O Ver. Engº
Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. ENGº COMASSETTO: Muito bem, agora em Pauta. Vou continuar no tema da saúde, neste momento fazendo uma
inflexão sobre a saúde animal. O Executivo mandou um projeto para esta Casa
para reforçar e contratar um conjunto de médicos-veterinários. A Ver.ª Lourdes
já tratou deste assunto. Esses veterinários também fazem parte da estrutura de
saúde pública de Porto Alegre, porque estão direcionados para trabalhar
principalmente no Centro de Zoonoses da Cidade.
Todos sabemos que há
um conjunto de doenças transmissíveis, animais, que temos que controlar.
Havendo o controle, evita a verminose, doenças de pele, contaminação de águas,
de hortas, de alimentos e outros problemas de saúde pública que temos
constantemente. É uma reivindicação antiga a de que o Centro de Zoonoses de
Porto Alegre seja reestruturado. Eu quero registrar aqui também aos colegas
Vereadores e Vereadoras e a todos os ouvintes - Ver.ª Lourdes, a senhora tem
lutado muito sobre o tema da saúde animal e na defesa dos animais -, que eu
tive o prazer, em 1990 e 1992, de coordenar, na Prefeitura, o Centro Agrícola
Administrativo, dentro de uma Diretoria de Fomento Agropecuário. Naquele período,
construímos, no Centro Agrícola, o Centro de Zoonoses, que, hoje, continua
sendo o Centro de referência da cidade de Porto Alegre. Sei da necessidade real
de médicos-veterinários, que irão atuar principalmente naquela Região Sul da
Cidade, onde está inserido o Hospital da Restinga e Extremo-Sul, no controle de
doenças e também na vacinação dos nossos rebanhos. Porto Alegre tem um grande
rebanho animal, principalmente de vacas leiteiras e de equinos. Temos mais de
cinco mil cavalos na Região Sul e Extremo-Sul da cidade de Porto Alegre, que
dão sustentação a todo um trabalho, desde a equoterapia, que é terapia com
animais, até os temas culturais – o senhor coordena um piquete, prezado Ver.
Cleiton –, na questão das cavalgadas e outros temas.
Em nome da nossa
Bancada, do Partido dos Trabalhadores, nós apoiaremos esse projeto do Executivo
no reforço do tema da saúde pública dos animais, com a contratação de mais 18
médicos. Um grande abraço.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): A Ver.ª
Lourdes Sprenger está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. LOURDES SPRENGER: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu falo em nome da Bancada do
PMDB, e quando o assunto é para tratar de animais, ele se estende porque temos
muito a tratar. É importante a fala do Ver. Engº Comassetto sobre a Região
Extremo-Sul, porque lá, realmente, nós não temos um trabalho efetivo de
controle populacional e é onde temos o maior número de animais que saem das
áreas rurais e passam nas avenidas, onde há um trânsito bem acentuado. Tentamos
iniciar, há alguns anos, um projeto para dar assessoria, assistência a esses
moradores que possuem animais de pequeno porte e não alcançamos sucesso
justamente por falta de veterinários. Então, é importante que tenhamos mais
Vereadores que apoiem essa iniciativa de controle populacional e vacinação,
porque há nessa região alguns casos de doenças mais graves, que eram
acompanhadas pelo Município, justamente por serem regiões onde têm o mosquito
transmissor dessa doença. Então, é bem-vindo todo trabalho que seja
desenvolvido nessa área.
A nossa reunião da
Comissão de Saúde e Meio Ambiente desta semana foi justamente para fazer uma
cobrança efetiva de tudo o que recebemos e estamos encaminhando para o Executivo
dos muitos assuntos sem resposta.
Porém, acreditamos
que esse cenário mudará depois dessas reuniões, depois das manifestações de
rua, pela falta de atendimento efetivo ao caso da cadela Tweed, que foi jogada
do quarto andar por uma pessoa que já a maltratava ao longo de dois anos, com
registros no 156, e que nós incentivamos a criação de uma lei de iniciativa
popular, mesmo porque não há interesse em ter o domínio e a titularidade da
lei. Nosso interesse é junto com a sociedade, através de 50 mil assinaturas -
para que todas as pessoas fiquem sabendo o que são maus-tratos, assinando ou
não os abaixo-assinados -, tentar repor o artigo que foi retirado na ocasião da
criação da SEDA, que é para os atendimentos emergenciais. Após o nosso projeto
passar na Câmara, veio um outro projeto - e talvez não tenha sido aprofundada a sua análise
pelos Vereadores -, em que foi retirada, justamente, uma cláusula muito
importante: não se trata de recolher todos os animais encontrados, apenas os
que necessitam de tratamento emergencial, quando a população não sabe o que
fazer. Há os profissionais com os táxi-dogs, os veterinários que vão ao local,
atendem aos animais e fazem a primeira avaliação - isso em nível de
voluntariado. Então, o que são os casos emergenciais? São os animais que estão
acidentados, animais doentes, agonizando e animais brabos, que são de
responsabilidade do Poder Público. Não se pode deixar livre um animal que
coloca a população em risco, por ataques, mordeduras ou um animal sem dono que,
muitas vezes, é abandonado ou foge. Esses animais são abandonados quase sempre
por pessoas que transferem a sua responsabilidade para terceiros, gerando
graves problemas. Por isso nós também lutamos pelo aumento da penalidade de
quem comete maus-tratos aos animais. Desejamos que a penalidade aumente e que
passe a ser crime, não podendo ser trocada a detenção por cestas básicas ou
trabalhos sociais. Esse é um trabalho que já está em nível federal e nós
acompanhamos.
Nesses esclarecimentos, queremos dizer que nós, aqui
na Câmara, não estamos omissos, não deixamos de tomar nenhuma atitude que venha
a defender aqueles que não podem se defender e também tentamos ajudar o
Executivo a melhorar. E nós aprovamos aqui, para os próximos quatro anos, R$
5,6 milhões, o que não é muito, considerando que cada animal tem um custo
elevado com esterilização, assistência, que se somar ao Orçamento normal do
Município.
Nós estamos fazendo a nossa parte e buscando,
também, sempre e com firmeza, cobrar do Executivo, porque nós sabemos que o
Executivo pode fazer mais, inclusive o hospital veterinário, que foi prometido,
a pedra fundamental foi instalada e
até o momento não foi inaugurado. Se não há possibilidade para o hospital, que
conveniemos com clínicas, porque recursos há. A causa animal tem um mercado
bilionário que gera emprego e renda.
(Não revisado pela oradora.)
(O Ver. Professor Garcia reassume a presidência dos
trabalhos.)
O
SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra para
discutir a Pauta.
O
SR. DELEGADO CLEITON: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores,
primeiramente, antes de entrar em Pauta, gostaria de parabenizar nosso colega,
Ver. Mario Manfro, que se tornou avô de meninos gêmeos. Dizem que avô é pai com
mel. Então quero parabenizá-lo. Também quero dizer à Ver.ª Lourdes que ontem
minha filha Vitória chegou da faculdade com mais um habitante para a nossa
casa, um gatinho que ainda não decorei o nome, mas que fará parte da família
junto com a Mel, a salsichinha, e com os cavalos que me desestressam.
Ao falar desta Pauta, eu gostaria de dizer que hoje
passei sob o viaduto próximo à Rodoviária e vi como vai beneficiar o trânsito
naquela região. Neste momento em que há pouco tempo desabou um viaduto em Belo
Horizonte, um viaduto que também teve esse mesmo encaminhamento para a Copa e
não ficou pronto, gostaria de parabenizar a Secretaria de Obras, parabenizar
nosso Prefeito José Fortunati e toda a sua equipe pelo belíssimo trabalho,
inclusive na construção de mais de um viaduto, dois ou três viadutos, e mais
algumas obras que foram feitas em torno da Copa do Mundo, um legado que vai
ficar para sempre, cuja beleza e praticidade já estamos vendo. Quero fazer
menção a essas obras que foram incluídas neste legado da Copa, mas que vão ficar
para Porto Alegre, e daqui a um ano Porto Alegre vai ver e admirar, mesmo com
alguns contras que tivemos a esta Copa.
Quero saudar a iniciativa do PLL nº 044/14, de
autoria do colega Márcio Bins Ely, que estabelece incentivo à doação de medula
óssea, tecido e outros órgãos por este Município; do PLL nº 005/14, de autoria
da Ver.ª Sofia Cavedon, que declara de utilidade pública a Associação dos
Amigos, Parentes e Portadores de Ataxias Dominantes; do PLL nº 083/13, de
autoria do colega Paulo Brum, que reconhece a pessoa com transtorno do espectro
autista como pessoa com deficiência e dá outras providências.
Neste um ano e alguns meses de mandato temos lutado
por alguns projetos que beneficiem Porto Alegre, a comunidade, a sociedade, e
aqui nesses 36 Vereadores temos visto esse sentimento de trazer para cá suas
bandeiras, trazer para cá a ansiedade de alguns habitantes de Porto Alegre.
Esses três projetos são meritórios, e estarei junto aos seus autores para que
sejam aprovados nesta Casa, pois são de extrema importância para a saúde de
Porto Alegre, de extrema importância para as pessoas que precisam de
tratamentos especiais na área da saúde. Então, eu não poderia deixar passar
esses projetos, dentre tantos que nós temos aqui. E eu acho, meu querido Presidente,
que nós teríamos que ter outras Sessões Extraordinárias para que possamos
adiantar essa Pauta e trazer os diversos projetos que nesta Casa são
encaminhados e deverão ser votados.
Agradeço aos senhores pela atenção e estaremos ao
lado desses inúmeros projetos, mas principalmente desses três projetos que são
de grande importância para Porto Alegre. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado, Ver. Delegado Cleiton. Está encerrada a
Pauta.
Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 16h41min.)
* * * * *